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Bala na Cesta

Personagens do Basquete Brasileiro - Shamell

Fábio Balassiano

12/05/2015 01h24

Shamell1Com 27 pontos, Shamell Jermaine Stallworth chamou a responsabilidade e foi o cestinha e principal jogador de Mogi na vitória contra Bauru na primeira partida da semifinal de domingo (o jogo 2 será hoje também em Bauru). Com um basquete plástico, este norte-americano nascido em Alabama há 34 anos está no Brasil faz uma década e se tornou um dos melhores e mais carismáticos jogadores do país.

Com passagens por Araraquara, Limeira, Paulistano, Pinheiros e Mogi, time que defende desde o começo da temporada 2014/2015, o pai de Shamell Jr. e Jordan (de 7 anos) conta a sua história de vida, admite não ter frustração por não ter jogador na NBA e muito mais. Confira o papo com um dos mais interessantes "Personagens do Basquete Brasileiro".

shamell4BALA NA CESTA: Antes de falar sobre basquete em si, vamos a pergunta mais básica: de onde você veio, como você começou, essas coisas?
SHAMELL: Nasci em Alabama em 1980, e quando eu tinha um ano fui morar em São Francisco, Califórnia, com meu tio. Aí éramos eu, minha mãe, meus irmãos e meu tio. Quando tinha sete, oito anos, nos mudamos para Fresno, também na Califórnia, onde morei até os 18 anos. Lá foi onde eu cresci. Comecei a jogar basquete com 15 anos, um pouco tarde. Meus esportes preferidos eram futebol americano, atletismo e baseball. Aí um dia estava brincando na aula de educação física e um técnico me chamou para treinar basquete. Só que fiquei jogando todos os esportes. Só no terceiro ano do colégio é que decidi ficar apenas no basquete. Cheguei a fazer um acordo verbal para jogar na Universidade de Villanova, que era da Big East, uma conferência mais forte. Mas aí minha mãe quase morreu e decidi ficar mais perto de casa, jogando na Universidade de San Francisco de 1999 a 2003. Joguei bem, cheguei a tentar jogar na NBA, fiz até uns três ou quatro testes (New Jersey, Golden State, Sacramento…), mas não rolou. Na época eu era magrinho. Era bom de bola, mas era muito magro pra jogar na NBA. Até que gostaram de mim, mas havia outros caras mais prontos. Meu Draft era o de 2002, aquele em que o Jay Williams, de Duke, foi o número um. Acabou não dando certo, quebrei o meu pé duas vezes e decidi voltar para a faculdade para me formar.

BNC: E aí você começou a sua carreira profissional?
SHAMELL: Me formei, falei para minha mãe que ia começar a trabalhar, mas nem pensei que iria jogar basquete profissionalmente. Aí houve uma coisa engraçada. Criaram uma excursão de jogadores jovens para viajar pela Europa para fazer amistosos. O objetivo era que os clubes vissem a gente. Aí conheci o Luiz Martin, um agente. Voltei para os Estados Unidos, e ele me ligou: "Olha, consegui um emprego para você no Brasil". Foi assim que começou minha carreira no Brasil.

montana2BNC: Antes de chegarmos aqui ao Brasil, deixa eu tirar uma dúvida: quem eram seus principais ídolos no esporte quando você era criança e adolescente?
SHAMELL: Não tinha tantos no basquete porque meu negócio na época era futebol americano. Gostava do Joe Montana (foto à direita), lendário jogador do San Francisco. Quando comecei a jogar basquete é que passei a admirar mais os caras do esporte. Gostava do Hakeem Olajuwon, que era muito magro e com muita rapidez nos movimentos. Adorava o Charles Barkley, que apesar de baixo era muito duro jogando. Estes eram os caras que passei a admirar quando jogava de pivô, de ala, perto da cesta. Mas quando vi que não estava crescendo tive que mudar meu jogo. E passar a ver outros caras. Comecei a admirar demais o Ray Allen, Allan Houston, todos esses caras que tinham arremesso de fora. Gostava do Michael Jordan, claro. Não gostava do time do Chicago, mas gostava da determinação e da liderança dele. Passou o tempo e gosto do Kobe Bryant. Quase igual ao Jordan, né? Vi aqueles vídeos editados dos movimentos, todo mundo comentou, mas eu não tinha dúvida alguma que eram parecidos. Se você quer ser o melhor, que se espelhe no melhor. Foi isso o que o Kobe fez.

shamell3BNC: Você cresceu vendo estes caras, é dos Estados Unidos e lá é a terra da NBA. Bate alguma frustração por nunca ter jogado uma partida na melhor liga do mundo?
SHAMELL: Não bate. Na época em que me formei eu não era um jogador muito bom. Isso está muito claro na minha cabeça. Era um jogador comum. E na NBA você não pode ser um jogador comum. Pra jogar lá você tem que ser diferente. Na época, quando estava na faculdade, eu vejo que tinha muito mais jogadores de qualidade em relação a hoje. Você consegue listar 40 jogadores de altíssimo nível nos times. Hoje em dia tem muito de marketing, relacionamento, conhecimento. É diferente. Muita coisa mudou. Quando estava na faculdade tinha o Carlos Boozer, Jay Williams, Caron Butler, Lamar Odom, caras que realmente jogavam muito basquete. Nestes quatro anos de faculdade tinham muitos atletas excelentes, e não três ou quatro. Acredito que as coisas acontecem quando e onde devem acontecer.

caboclo1BNC: Falando em NBA, você treinou e jogou com o Bruno Caboclo (foto à direita) no Pinheiros. É muito difícil a adaptação que ele está passando em Toronto?
SHAMELL: É um mundo muito diferente. Tudo muito diferente. Os caras não vão ficar lá passando a mão na cabeça toda hora. Os times querem que você ganhe maturidade rápido. É difícil, porque tem muito dinheiro envolvido, isso mexe com a cabeça, mas o principal é essa molecada que vai para a NBA entender que essa é uma oportunidade única e muito grande de mudar a vida, mudar de patamar profissional. E é uma porta que se abre para o Brasil, para os jogadores jovens do Brasil. Lá não tem babá. Não vão ficar com alguém dizendo o que pode ou não fazer. Cada um que cuide de si e que se garanta em quadra. Olhe a história dos caras que estão lá há muito tempo. Leandrinho, Varejão, Tiago Splitter, Nenê. Ralaram muito, ainda ralam, precisam provar a cada dia que podem estar ali. E são reconhecidos por isso. Essa galera não representa só a si mesmo, mas o país de onde eles saíram. Não sei se essa molecada nova tem essa perspectiva na cabeça. Você vai lá, faz qualquer coisa errada, reflete no Brasil e algumas portas vão se fechar. Qualquer coisa que você faz reflete na imagem que os gerentes-gerais da NBA vão pensar do país. O foco tem que estar no basquete, na evolução, na chance que foi aberta.

tomBNC: Aí você sai dos Estados Unidos e vem pro Brasil. Choque cultural logo de cara?
SHAMELL: Sim, fui para o Uniara/Araraquara, em 2004. Faz mais de 10 anos já. Muito diferente, muito diferente. Cultura, língua, calor, como se joga aqui. Era bem difícil. Eu não falava a língua e tinham muitos jogadores da minha posição. O Tom Zé (foto à esquerda) foi meu primeiro técnico. Tinha, naquele elenco, eu, Dedé, Gilson de Jesus, Thulius, Thiagão, Pipoka, Luis Fernando. Eram bons jogadores. Foi difícil, mas serviu para eu aprender. Você chega em um time, ninguém te conhece, não fala a língua. Tem que aprender na marra.

shamell6BNC: Teve alguém que te ajudou muito neste primeiro momento?
SHAMELL: Quem me ajudou muito foi minha primeira esposa, a mãe dos meus filhos. A Lucilene me auxiliou muito. Me explicando, me entendendo, fazendo de tudo para eu deixar as coisas melhores na quadra. Ela falava: "Você precisa dar 'Bom dia' às pessoas. Não pode só chegar na quadra e jogar. Precisa se enturmar, entender o ambiente, falar com todo mundo. Foi importante para eu entender como funcionava não o esporte, mas o povo. Com elas tive meus dois filhos, Shamell Jr. e Jordan Jermaine, de 7 anos.

shamellBNC: Aí você sai do Araraquara e vai jogar no Paulistano. Sai do interior e vai jogar em uma cidade grande, algo completamente diferente…
SHAMELL: Sim, sem dúvida tem isso. Mas como havia morado em São Francisco minha adaptação a cidade grande não foi difícil, não. No interior é mais difícil. Chegando no Paulistano meu foco era só basquete, porque de cultura e de língua já estava melhor. Tive o José Neto como técnico no primeiro ano e só tinha que me preocupar com basquete. Mas ele não me quis no time, sabia? Foi o Claudio Mortari, então supervisor do clube, que me manteve lá no time dizendo que a equipe precisava de um ala para pontuar. Os caras não me queriam, e ele me segurou. Depois o Neto se acostumou comigo, fiquei três anos no Paulistano (de 2004 a 2007). Saí do clube, joguei um ano na Croácia e meu técnico era o irmão do Drazen Petrovic. Vimos muitos jogos do Drazen, falávamos bastante dele e foi uma experiência muito bacana. Passei na China em 2008 e aí sim voltei ao Brasil de vez.

sha1BNC: Você jogou em Limeira no primeiro NBB (2008/2009), foi campeão Paulista, mas logo depois o time acabou, né? E aí você foi para o Pinheiros, onde ficou de 2009 a 2014, é isso?
SHAMELL: Quando saí de Limeira já estava com 27, 28 anos, maduro e já entendia bem como funcionavam as coisas aqui. Tentei deixar a minha marca no basquete do Pinheiros, ganhar cada vez mais e deixar meu nome marcado no basquete daqui. Foi um período lindo da minha vida, onde ganhamos uma Liga das Américas em 2013, um Paulista em 2012 e uma série de outras finais, algo inédito na história do clube.

BNC: Você falou que não tem frustração por não ter jogado na NBA, mas e a sua naturalização que não sai nunca? Bate frustração com isso? Você é mais brasileiro que muita gente aqui no país…
SHAMELL: Essa é uma questão que é difícil de falar e não quero mais pensar nisso. Deixo nas mãos de advogados e vamos ver se caminha como gostaria. Entreguei documentações para advogados de Mogi e só me resta aguardar. Não há muito o que eu possa fazer em relação a isso.

oscarBNC: Você já está há uma década no país. Já conseguiu entender o basquete brasileiro como um todo? Mudou muito com a criação do NBB, né?
SHAMELL: Dá pra dividir entre dentro e fora de quadra. No jogo, o aspecto defensivo tem melhorado bastante. Cada vez mais os times marcam melhor, exigem mais dos atletas neste sentido. Esta é uma diferença que consigo detectar em relação a quando cheguei. Fora de quadra, é possível ver que com o NBB houve mais organização, mais times com bom investimento, mais projetos fortes no basquete daqui. É só ver a tabela e verificar que a tabela está cada vez mais embolada, cada vez com mais times brigando forte pelo título. Isso é bom e mostra a força do basquete do Brasil. Não só pelo que vemos no NBB, mas principalmente pelo que a gente tem feito na Liga das Américas e Liga Sul-Americana. Antes era uma ou duas equipes e já está bom. Agora são vários times nestas competições e quase sempre ganhando. Isso mostra a força não de um clube ou outro, mas do campeonato, do todo. A cada ano melhora. Antes era muita briga de dirigentes, lembra? Era a Liga do Oscar Schmidt, era outra liga da CBB. Brigavam muito, discutiam por tudo. E nós, atletas, no meio. Agora com a chegada da NBA vai melhorar ainda mais, pode esperar. Meu único medo é que os caras que hoje tocam a Liga Nacional tão bem larguem de mão. Mas acho que isso não vai acontecer. Espero que não fique apenas na mão de uma pessoa, mas do coletivo. Temos que trazer mais patrocinadores, quem sabe passar partidas em canal aberto, essas coisas.

shamellBNC: A próxima geração vai aproveitar mais dessa, digamos, plantação que tem sido feita pelo NBB? Você acredita nisso?
SHAMELL: Olha, vou falar a verdade para você. Quem vai ser a estrela do NBB em três, quatro anos? Olha como estamos agora. Temos Alex, eu, Giovannoni, Marcelinho Machado, Marquinhos, Nezinho. Todos jogadores de 30 e poucos anos. Não falo de estrangeiro, porque isso dá para contratar, mas quem serão os brasileiros ótimos que vão levar o nome da liga? Temos poucos hoje. Aqui no Brasil não tem ala, ala da posição 3. Agora vocês falam do Caboclo, que já está na NBA, mas, peraí, só tem um cara nesta posição? Olha o tamanho do país, olha quanta gente pode jogar basquete. E só tem um? É pouco. Aqui no Brasil tem muitos pivôs, mas faltam alas e até armadores. Hoje jogador só pensa em ir embora muito cedo. E aí daqui a três, quatro anos a gente aqui vai ter problemas. Franca tem um ala muito bom, o Leo Meindl, talentoso pra caramba, mas é pouco. Temos o Ricardo Fischer. Quem mais? Isso que tenho medo. Fui ver a Liga de Desenvolvimento em Mogi. Muitos meninos bons, mas quantos deles irão jogar o NBB? Quem vai conseguir entrar e já ajudar um time de NBB? Poucos.

shamell1BNC: E estes meninos que você viu na LDB saem com muitos problemas de fundamento?
SHAMELL: Você sabe, técnico no adulto às vezes precisa ter paciência de explicar tudo a uma pessoa de 23 anos. É difícil. Este jovem já deveria chegar ao adulto mais pronto. Falei com algumas equipes na LDB que eles deveriam aproveitar a oportunidade. Quando saí do Paulistano, e isso não faz 10 anos, são poucos os que ainda jogam. Não que jogam bem ou mal, mas que ainda estão atuando profissionalmente. Eu penso: "Como isso acontece?". Treino com eles lá em Mogi e tento passar várias informações. Não sei exatamente. Aqui no Brasil tem muito jogador grande, alto, forte. É realmente incrível o material humano que há por aqui. Faltam fundamentos, treinamento, apenas. Olha o que a França está fazendo? De uma hora pra outra saem jogadores igual a água. Hoje tem aos momentos aí, mas eles começaram não tem muito tempo. Brasil tem uma mistura muito boa. Falta um pouco mais de leitura.

mortari1BNC: Você fala de técnicos. Quem foram os que mais te marcaram?
SHAMELL: Claudio Mortari (foto à direita) sem dúvida alguma é o principal deles. Fiquei com ele dez anos. Desde o Paulistano e depois no Pinheiros. Foi o técnico dos melhores jogadores do Brasil. Independente da parte tática dele, no que ele é muito bom e pouca gente fala é na parte de te colocar nas melhores condições de jogo. Muitas vezes ele fazia de tudo para nos colocar em ótimas posições de arremesso, por exemplo. Como eu poderia refutar o que um técnico campeão mundial me dizia? Não podia. Ele treinou o Oscar Schmidt, a seleção, ganhou tudo. Isso traz credibilidade ao que ele falava também. Aprendi muito com ele fora de quadra também, com o Claudio me passando muito da cultura de basquete do Brasil e a história do esporte aqui. Além dele, no Pinheiros eu conheci o (João Fernando) Rossi, diretor do clube que sempre me ajudou. Eram conselhos em todas as áreas da minha vida. Conselhos de irmão, pai, amigo. Algo totalmente diferente de como havia sido tratado por um dirigente. Ele é um cara especial. E, como técnico, cito o Neto também. Foi um começo difícil no Paulistano, mas depois nos entendemos bem e ele me acrescentou muito profissional e pessoalmente. De tática e de técnica dá pra ver que ele sabe muito. E ele sempre foi muito dedicado, diferenciado. Lembro que no Paulistano ele passava vídeo, e o time queria dormir. O time não entendia o que ele estava querendo fazer. Isso, aliás, é uma cultura que já mudou bastante de um tempo pra cá. A preparação para um jogo já melhorou demais.

shamell1BNC: Lembro que depois do Mundial de 2013 contra o Olympiacos você disse que tinha tomado uma grande lição. De basquete coletivo, de fundamentos, de tudo. Acha que ainda falta evoluir muito nessa parte tática que já vemos com mais força no basquete europeu?
SHAMELL: Acho que independente da parte tática o que ficou mais claro pra mim é que a qualidade do time europeu não cai quando um ou outro jogador sai de quadra. Você pôde ver isso lá em Barueri quando perdemos (Pinheiros) deles. Eles tinham 10, 11 jogadores do mesmo nível. Aqui, é bem menos. E a intensidade cai. É natural. Olha o Flamengo atual, por exemplo. São oito, nove jogadores bons em um elenco excelente. O time do Olympiacos tinha 12 jogadores do mesmo nível. São oito, nove minutos de porrada, de intensidade alta. Tem que jogar no alto nível o tempo todo. Cansou? Troca. E a qualidade é a mesma. Isso o Paco Garcia, aqui em Mogi, tem tentado trazer. É difícil, é uma mudança de cultura, mas o Paco tem tentado instaurar isso conosco e tem dado resultado. Se é pra estar em quadra, é para dar o máximo. Não é fácil, porque às vezes há um jogador de 30, 32 anos que joga igual há anos. Eu mesmo mudei bastante com o Paco. Estava jogando no Pinheiros de um jeito havia muito tempo. Com ele é diferente, muito diferente. Mas eu tive humildade para aprender, reconhecer que aquilo que ele nos passava era importante para irmos adiante. Uma coisa que ele fala muito é para não usar a individualidade desde o começo da jogada. Ele fala para trocar passe, achar um bom companheiro livre. Se não deu, faltando oito, sete segundos você usa o seu talento a favor do time – e não de si mesmo. É uma filosofia maravilhosa e que tem dado certo no mundo todo.

shamell2BNC: Pra fechar, quem é o Shamell fora de quadra?
SHAMELL: Adoro ficar em casa…

BNC: Peraí, cara. Aham, não gosta da noite, não gosta de samba…
SHAMELL: (Risos) É que quando você fica mais velho a recuperação é mais difícil. Antes dava pra sair. Agora se sair são três, quatro dias para recuperar totalmente. A idade pesa (risos). Mas adoro estar com meus filhos. Agora que eles estão crescendo já entendem um pouco mais e pedem para eu treiná-los. Não sei se você sabe, mas eu jogo Golf também. Gosto muito. E é um esporte muito difícil, que requer muita concentração. Em Mogi tem um campo bacana, onde inclusive ficou a seleção da Bélgica na Copa do Mundo de 2014. Da comida, amo feijão. Como todo dia. E churrascaria uma vez por semana. Não dispenso uma picanha. Amo bife a milanesa também. Antes ia a restaurante, mas agora faço em casa. Aqui há muito tempo, adoro samba e pagode. Gosto do Pericles, Thiaguinho, Revelação, Xande de Pilares. E do Corinthians, claro. Vou direto aos jogos.

shamellBNC: Quando acabar a sua carreira você pretende voltar a morar nos EUA?
SHAMELL: Não sei, ainda não sei. Tenho dois filhos pequenos, não dá pra saber muito. Se eu conseguir ficar no basquete do Brasil, e eu acho que posso ajudar, gostaria de ficar. Tenho bastante coisa na cabeça que poderia fazer. Quem sabe depois eles podem ir pra lá fazer uma faculdade lá. Mas ainda é cedo. Temos muita coisa pela frente.

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