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Bala na Cesta

Palpitão para os playoffs da NBA - as séries do Leste

Fábio Balassiano

16/04/2015 13h58

nba3

Chegamos aos playoffs. Ficaram 16 equipes, que têm a missão de ir o mais longe possível (aqui a chave toda). E com o mata-mata aquele momento de analisar e palpitar nas oito séries que dão início ao mata-mata da temporada 2014/2015 da NBA. Vamos começar pelo Leste? Amanhã faço do Oeste!

Atlanta Hawks v Orlando MagicAtlanta Hawks x Brooklyn Nets: Não é fácil entender o que se passa no Brooklyn. O elenco está longe de ser ruim, o técnico (Lionel Hollins) é experiente e razoável (pra cima) e o time está na conferência Leste. Mesmo assim jamais engrenou (e talvez a recente explicação de Paul Pierce, jogador da equipe ano passado, faça total sentido – veja mais aqui e aqui). Seja como for, o Nets chega ao playoff na bacia das almas, beneficiado pela derrota do Indiana Pacers em Memphis e tendo que enfrentar não só o melhor, mas principalmente a mais organizada das franquias do Leste na primeira rodada da pós-temporada. Joe Johnson é bom, Brook Lopez faz bons números, Deron Williams sabe se virar (quando o físico lhe ajuda, claro), mas eu não consigo ver uma maneira de o Brooklyn ir longe. Os Hawks estão muito bem, conseguiram segurar os minutos dos principais atletas neste último mês e dominaram a conferência com folga do começo ao fim sem tantos sustos assim. Não creio que seja agora que eles serão desafiados e/ou levados ao limite.
Meu palpite: Hawks em cinco

lebron1Cleveland Cavs x Boston Celtics: São os dois times de melhor campanha no Leste depois do All-Star Game, e cada um a seu modo tem jogado um ótimo basquete. O Boston, do excelente Brad Stevens, cresceu muito na defesa, melhorou seu ataque com Isaiah Thomas (controlado, com jogadas bem desenhadas e sem forçar o jogo ele tem rendido muito bem), mas não creio que, em seu atual estágio (em formação), seja desde já páreo para LeBron James, Kyrie Irving e Kevin Love. Falei deles essa semana inclusive, lembra? Os Cavs evoluíram absurdamente na marcação, David Blatt parece mais confortável no ambiente NBA e o ataque tem a armação de LeBron (como há muito tempo eu achava ser a melhor opção mesmo). Com isso, a bola fica menos na mão de Irving (que quase sempre procura situações boas para seu chute), o sistema ofensivo flui mais, há mais passes e consequentemente arremessos livres.
Meu palpite: Cavs em cinco

thibs1Chicago Bulls x Milwaukee Bucks: O ótimo desempenho do Bucks chama a atenção (leia mais aqui), mas playoff é outra coisa e sabemos bem. É óbvio que o trio formado por Khris Middleton, Michael Carter-Williams e o grego sensação Giannis Antetokounmpo chama a atenção, tem jogado muito bem, e que o turco Ersan Ilyasova voltou a mostrar a evolução que se esperava dele. Mas do outro lado estará o Chicago Bulls. Chicago que é um poço de irregularidade, um time difícil de decifrar. Alterna partidas excepcionais contra grandes times com jogos abaixo da crítica contra equipes ruins (isso quando não oscila dentro da própria partida). Jason Kidd, técnico do Milwaukee, tem experiência de sobra, passará isso a seus atletas e a franquia de Wisconsin jogará como franco-atiradora. Uma combinação que pode ser muito perigosa caso o Chicago não dê as cartas desde o começo. No final das contas, a experiência dos Bulls deve pesar, mas não creio que será tão fácil como já li/vi muita gente escrevendo/falando.
Meu palpite: Bulls em seis

toronto1Toronto Raptors x Washington Wizards: Eis um confronto interessante. Não tanto pelo lado técnico da coisa, mas sim porque foram dois times que caíram muito de rendimento depois do All-Star Game. O Washington, apontado por muita gente como uma força emergente do Leste e dono de um dos quintetos titulares mais interessantes da NBA, tem jogado (com o perdão da palavra) um basquete muito ruim (quase preguiçoso) de um mês pra cá. Vejo John Wall correndo enlouquecidamente, Nenê tentando fazer bloqueios e passes, mas pouco além disso. Paul Pierce normalmente ressurge em mata-mata, mas Bradley Beal, em um campeonato repleto de lesões, não está em boa fase e o polônes Marcin Gortat parece sempre um passo atrasado. Do outro lado estará o Toronto, que busca concretizar o seu ressurgimento avançando para a segunda rodada do playoff pela primeira vez desde 2001. A eliminação no jogo 7 contra o Brooklyn em 2014 pode, ainda, pesar muito psicologicamente, mas o problema é muito mais técnico do que de outra ordem. Kyle Lowry e DeMar DeRozan são ótimos, vão jogar muito bem, mas os outros três titulares não têm feito tanta diferença assim (e incluo aí Jonas Valanciunas, pivô lituano que tinha tudo para dar um salto de qualidade mas cujos números são praticamente iguais aos da temporada passada). No final das contas creio que, apesar da experiência de Pierce e Nenê para o Wizards, o mando de quadra fará a diferença para os canadenses (mas não tenho convicção disso…).
Meu palpite: Toronto em sete

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