Um passeio por dentro do Madison Square Garden

* O Blogueiro viajou a convite do Canal Space

Como o dia de ontem não tinha atividade alguma com os atletas da NBA (não nos esqueçamos que eles ainda tiveram rodada cheia na quarta-feira e na quinta-feira há Bulls x Cavs na TNT local) eu decidi fazer algo que não tinha conseguido fazer da primeira (e até então única) vez que estive em Nova Iorque – a visita guiada pelo Madison Square Garden.

Fui andando da NBA House até a meca do basquete mundial, investi US$ 27 e tive uma das experiências mais bacanas da minha vida basqueteira sem dúvida alguma.

Em primeiro lugar, não custa lembrar que o Garden, inaugurado em 1879, não é "apenas" a casa do New York Knicks. Ele abriga, também, o Rangers (NHL), o Liberty (WNBA) e uma série de shows, lutas (como a conhecida "Luta do Século" entre Muhammad Ali e Joe Frazier (que venceu).

O "campeão" de visitas é Elton John, com surreais 65 apresentações (há um vídeo dele falando que não há melhor local para ele fazer o "piano show" que o Garden, inclusive). Depois dele, Billy Joel, com 62. Uma brasileira gaiata ao meu lado disse que a Ivete Sangalo vai chegar neste número em breve…

O ponto alto, ao menos para mim, foi passar por boa parte da história do Knicks. Desde a histórica foto de John Starks amassando a cabeça de Horace Grant e Michael Jordan com sua feroz enterrada nos playoffs de 1993, passando pelo jogo sensacional de Willis Reed naquele primeiro título do Knicks (1970), foi muito bacana ver a paixão dos guias pelo time da cidade. Em um dado momento puxei o rapaz para perguntar se a fase da equipe não estava passando dos limites. A resposta dele foi bacana: "É uma fase. Já estivemos por cima. Agora estamos por baixo. Mas confiamos no Phil Jackson, no Carmelo Anthony e boas coisas estão por vir. E tem uma coisa: todo dia o ginásio está cheio aqui. Ninguém abandona o time e isso é o mais importante. Eles (os jogadores) estão lutando e é só isso que podemos pedir, concorda?". Eu concordei, claro.

A visita passa pelos camarotes (bem luxuosos os espaços), pelos vestiários (no do Knicks estavam algumas anotações de Derek Fisher, inclusive), pelas salas de imprensa e, óbvio, pela arquibancada. Só não foi possível pisar na quadra porque a turma da NBA fazia os preparativos finais para o jogo de domingo com testes de som, iluminação, vídeo e tudo mais.

No final das contas, valeu muito a pena. É um ginásio histórico, que já passou por quatro "ajustes estruturais" e que continua lindíssimo (a última, inclusive, foi em 11 de fevereiro de 1968, exatamente 47 anos antes).

Tinha ido ao Garden para ver duas partidas em 2001 e verei o All-Star Game de domingo. Conhecê-lo por dentro foi realmente surpreendente e me deu outra visão deste maravilhoso ginásio.