Por Olimpíada no Rio, Diana Taurasi opta por não jogar na WNBA este ano
Confesso que quando li a notícia achei que era trote, alguma brincadeira. Mas não, não era (mais aqui). A ala Diana Taurasi (foto à direita), melhor jogadora em atividade do planeta, anunciou que não jogará a próxima temporada da WNBA pelo Phoenix Mercury pelo qual foi campeã e a MVP das finais em 2014. Um choque.
O motivo: ela quer descansar para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Como o calendário do basquete feminino castiga as principais atletas (que jogam parte do ano em algum local do mundo e outro na WNBA), Diana alegou que não tinha férias há tempos, escreveu uma bela carta em seu Facebook (aqui a reprodução) e optou por relaxar seu combalido corpo de 32 anos.
Quem se deu bem mesmo foi o clube russo Ekaterinburg, casa da craque desde 2012. A equipe ganhou uma queda de braço com a WNBA, manterá sua principal estrela descansada para a próxima temporada e terá apenas que pagar o que ela ganharia na liga norte-americana a camisa 32. E para os milionários russos, dono do time, isso não deve ser problema, vamos combinar.
Pelo lado da WNBA, é um duro golpe e mostra que a situação da liga está longe da ideal mesmo com quase duas décadas de criação. O produto ainda não é consolidado, ainda não é reconhecido, seu calendário é absurdamente espremido e os salários estão longe do que pagam os clubes da Europa e China. Foi, digamos, um soco no estômago da liga.
O que Diana Taurasi acabou expondo com sua decisão é que a WNBA está longe de ser indispensável para os atletas de alto nível. Alguém do seu quilate simplesmente decidindo descansar, abrindo mão de defender o título conquistado em 2014, é impactante e a turma da liga norte-americana deve refletir bastante no que este ato significa.
Ninguém pode recriminar Taurasi por estar optando por poupar seu instrumento de trabalho. Seu objetivo é prolongar sua carreira, chegar bem para sua quarta Olimpíada (onde pode ganhar o quarto ouro!) e se livrar de dores que a incomodam há tempos.
Que a WNBA pense no que isso quer dizer e proponha mudanças para os próximos anos. Colocar a liga o ano inteiro, deixando as atletas por 7, 8 meses nos EUA é mais que fundamental. É imperativo para se ter um bom produto, fidelizar o público e criar uma tão necessária cultura de basquete feminino por lá. Já passou da hora de isso acontecer.
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