Depois do anúncio da parceria, a hora das mudanças no NBB

Coloquei aqui na quarta-feira que o dia de ontem seria histórico para o basquete brasileiro. Tal qual havia antecipado em 24 de setembro (atenção às datas para não ser confundido…) a Liga Nacional de Basquete e a NBA assinaram um contrato de três anos de parceria em São Paulo na tarde desta quinta-feira.

E foi, de fato, um dia histórico mesmo. Pode ser o marco-zero de uma nova etapa, de uma mudança de patamar (como também escrevi aqui) do basquete brasileiro, do produto NBB. Momento bacana, momento espetacular para o esporte do país e principalmente para a turma da Liga Nacional, que pegou o basquete quebrado e o colocou neste já bom estágio (falarei sobre isso mais tarde). Tudo isso muito bom, tudo isso muito bem. Mas agora, como todo mundo espera, é a hora das mudanças, da transformação. Mas que mudanças são essas?

Em primeiro lugar quero dizer que infelizmente não estive em São Paulo ontem e não pude, portanto, conversar com dirigentes da NBA e da Liga Nacional a respeito do que vai acontecer daqui para frente no NBB. Pelo que li de fato não houve nada conclusivo em relação aos próximos passos dessa parceria. Ainda não se sabe ao certo, por exemplo, se neste estágio inicial a parceria ficará muito mais no ramo do patrocínio da entidade norte-americana para com a brasileira e na troca de informações do que na parte organizacional e de gestão (onde a NBA arrebenta a bola do balão há décadas).

Deste canto acho bem claro que, mesmo sem as duas entidades dizerem, podemos esperar algumas mudanças em relação a estrutura (salários atrasados, quem ainda aguenta isso?), mais entretenimento no ginásio, mais dados "científicos" (quanto menos empirismo para a tomada de decisão, melhor), maior alavancagem do produto NBB "League Pass" (serviço que permite que as partidas da Liga brasileira sejam vistas na Web) e profunda troca de informações em relação a NBA e Liga Nacional. Aos poucos tudo vai se ajustar da melhor maneira possível, gerando maior convergência e avanço em processos e estratégia, não tenho muita dúvida disso. A parte técnica, que abordarei aqui posteriormente, é a que deve demorar mais a ver os resultados da parceria pois precisa de mais tempo e MUITO mais trabalho na base da pirâmide.

Buscarei informações com as entidades nos próximos dias, prometo a vocês, mas no momento o recomendável é ter cautela, paciência, embora eu saiba que isso seja difícil para quem espera mudanças grandes na modalidade por aqui e para quem já sabia do acordo há três meses (quem lê este espaço sabia…).

Se você pudesse escolher, quais as mudanças PRIORITÁRIAS que a NBA poderia trazer ao NBB? Comente!