Liga de Desenvolvimento começa neste domingo

Demorou, mas enfim terá começo a quarta edição da Liga de Desenvolvimento de Basquete, a LDB, maior campeonato de base do país.

Prevista para começar em julho, a competição sofreu com atraso no repasse de verbas do Ministério do Esporte (divulguei isso aqui há dois meses) e só quicará a bola a partir de amanhã, quando as 24 equipes se enfrentarão em turno único (quatro etapas) até que sejam descobertos os oito melhores para o mata-mata final. A tabela completa você encontra clicando aqui.

A primeira etapa da LDB 2014 acontecerá simultaneamente em duas sedes: na capital paulista – além do Pinheiros, o Continental Parque Clube também sediará jogos – e em Curitiba (PR), no Círculo Militar do Paraná.

A se lamentar, apenas, a pequena divulgação em torno da competição (o aviso a imprensa veio ontem à tarde apenas) e o começo dos jogos no dia da eleição presidencial (estes meninos não irão votar, é isso mesmo?)

Ao todo, nove Estados – Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – mais o Distrito Federal estarão representados na edição de 2014 do campeonato Sub-22, o maior de base deste país. Esta será a maior edição da LDB, que em sua última temporada teve a participação de 20 times e o Flamengo como grande campeão (o rubro-negro ganhou, também, a primeira e Bauru, a segunda).

Além dessa diversidade geográfica é bom notar que 12 times que não disputam o NBB terão equipes disputando a Liga de Desenvolvimento. São eles Botafogo (RJ), Regatas (Campinas), Grêmio Náutico União (RS), Círculo Militar (PR), Anápolis (GO), Blumenau (SC), Náutico (PE), Taubaté (SP), Joinville (SC), Sport Club do Recife (PE), Tijuca (RJ) e Tittas (PR). Fiz questão de grifar os nomes deles porque os clubes merecem aplsusos por apostarem em algo tão raro no país atualmente (a base). Dos que estão na elite do basquete brasileiro adulto, Rio Claro, Palmeiras, Liga Sorocabana e São José não terão equipes na LDB.

O mais bacana de tudo em relação a LDB (menina dos olhos deste blogueiro aqui e pelo visto do Ministério do Esporte também – veja mais aqui) é ver a garotada lutando por um espaço, por um lugar ao sol. São nestes torneios que a gente vê o tamanho do potencial que há no basquete brasileiro. Caso sejam bem trabalhados, caso tenham sequência de trabalho, em breve muitos deles terão espaço em seus times adultos.

Não custa lembrar, aliás, que foi na edição passada da Liga que Bruno Caboclo foi visto pela primeira vez pelo Toronto Raptors. Com o sucesso do ex-ala do Pinheiros, é bem provável que o número de olheiros internacionais cresça bastante nesta temporada.

Sorte aos meninos. que eles joguem bem na quadra e que sejam monitorados de perto não só pelos times do NBB, mas principalmente pela turma da Confederação Brasileira de Basketball, que precisa ter total noção do que tem sido feito na divisão de base deste país.

Quem quiser acompanhar os duelos, é bom ficar de olho nas estatísticas e nos textos do sempre completo site da Liga Nacional.