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Bala na Cesta

Com câncer cerebral, americana realizará sonho de jogar por Universidade

Fábio Balassiano

19/10/2014 01h44

laurenfinalRecém-formada no segundo grau, a jovem Lauren Hill, de Ohio, Estados Unidos, quis se dar um presente especial quando completou 18 anos no primeiro dia de outubro de 2013. Pegou o telefone e ligou para o técnico da Universidade Mount Saint Joseph (MSJ) avisando-o que iria jogar basquete pelo time da faculdade. Era um momento de alegria para ela e sua família.

Mas havia algo que Lauren não esperava. O dia 20 de novembro de 2013 tinha tudo para ser comum para ela, mas não foi bem assim. Sentindo-se cansada, ela foi fazer uma série de exames. O resultado não deixou dúvidas: Lauren Hill estava com câncer cerebral em estado terminal.

Os médicos deram uma previsão que Lauren viveria no máximo mais dois anos, mas ela não quis saber. Passou por períodos pesados de quimioterapia, recuperou-se, passou a ter uma vida normal (na medida do possível) dentro da faculdade e tratou de visitar todos os locais que tinha vontade (Grand Canyon, Cataratas do Niagara, Havaí etc.).

.Um desejo, porém, teve que ser endereçado ao Centro Esportivo de sua faculdade nos últimos meses. Quase um ano depois de ter entrado na universidade, a meninas agora com 19 anos pediu: "Quero jogar ao menos um jogo universitário. Ao menos uma vez quero vestir a camisa 22". Foi isso que Lauren disse.

Os dirigentes da Mount Saint Joseph University analisaram o pedido, aprovaram a atitude e enviaram um ofício a NCAA, que por sua vez fez o seguinte: antecipou de 15 para 2 de novembro de 2014 o jogo inicial da temporada da MSJ contra Hiram College no ginásio da Universidade de Xavier para que Lauren Hill possa sentir o gostinho de atuar em ao menos uma partida da NCAA.

lauren22"Nunca desisti, nunca pensei em me dar por vencida, inclusive depois deste diagnóstico terminal. Não tenho medo de morrer, o que me preocupo mesmo é com as pessoas que deixarei para trás. Disse para minhas companheiras de equipe que não desistam nunca, porque eu sempre estarei vigiando-as. Se não estiver aqui, espero que elas sigam jogando melhor do que nunca e não sintam pena de mim", afirmou ao site de sua faculdade.

O dia 2 de novembro de 2014 será histórico para Lauren Hill e sem dúvida para a NCAA, que conseguiu, com uma atitude simples, fazer a alegria de uma menina que está com câncer cerebral em estado terminal.

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