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Bala na Cesta

Flamengo termina 'giro' na NBA perdendo do Memphis - vale o aprendizado

Fábio Balassiano

17/10/2014 23h27

gegeTerminou há instantes o giro do Flamengo pela NBA. Terminou com derrota de 112-72 (estava 36 a 36 quando restavam 8 minutos para acabar o segundo período, quando, aí sim, a maionese desandou) para o Memphis Grizzlies (que teve 50 vitórias na temporada 2013/2014 do melhor basquete do mundo antes de ser eliminado pelo timaço do Oklahoma, do MVP Kevin Durant, por 4-3), mas sinceramente o resultado importa muito pouco (ou nada).

Perder faz parte do esporte, e a NBA é o AUGE do auge na escala mundial de basquete. O Brasil, por sua vez, está longe de chegar ao topo. Isso é bem óbvio e qualquer um enxerga (ou deveria enxergar). Por isso penso que só de ter um clube brasileiro indo jogar três vezes contra três boas franquias do melhor campeonato do planeta já é excepcional!

jeromeNão sei se é preciso, mas sendo ainda claro: o Flamengo poderia ir lá nos Estados Unidos e perder seus três jogos de 80 pontos para cima (algo que não ocorreu) que já seria uma vitória. Por um simples motivo: o objetivo desses jogos, como venho dizendo aqui há séculos, deve ser sempre APRENDER, EVOLUIR, TREINAR contra os melhores. E isso aconteceu, isso está muito claro que rolou.

Em menos de duas semanas o Flamengo enfrentou o Maccabi Tel-Aviv, campeão europeu (e venceu um jogo, tornando-se campeão Mundial/Intercontinental), o Phoenix Suns (dono de uma equipe com armadores excepcionais e transição fortíssima), o Orlando Magic (elenco jovem e com potencial físico assustador) e o Memphis Grizzlies, cuja defesa é uma das melhores da NBA há anos. Não sei se poderia haver uma pré-temporada melhor que isso. Se todo ano um clube brasileiro tivesse essa oportunidade de jogar contra clubes europeus ou franquias da melhor liga do planeta o resultado seria bem simples: o basquete daqui melhoraria MUITO.

zboO Flamengo sai dos Estados Unidos com três derrotas e pode ser que seus atletas voltem tristes (ninguém gosta de levar 40 pontos na cabeça). É natural e seres humanos competitivos (atletas) realmente não podem se acostumar com nada diferente de vitória.

Para mim, que preciso analisar as situações com um pouco menos de emoção (é o que tento), o rubro-negro volta dos EUA como VENCEDOR, tendo aprendido contra os melhores times do mundo e retornando ao país (a realidade do clube da Gávea é a brasileira, não custa lembrar) muito mais preparado para enfrentar os desafios de uma temporada que prevê a defesa dos títulos da Liga das Américas e do NBB.

É assim que torcida (que abraçou a equipe há tempos) deveria pensar também. Os atletas e a comissão técnica lutaram, tentaram e retornam muito mais maduros do que quando embarcaram no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Foi uma experiência inesquecível, certamente muito proveitosa e é assim que estes três jogos na NBA devem ser encarados. Concorda comigo? Comente!

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