Fisioterapeuta Fábio Marcelo fala sobre lesão de Paul George
Sobre a bizarra lesão de Paul George, ala do Indiana Pacers, fui conversar rapidamente ontem com o fisioterapeuta Fábio Marcelo (foto). Fiz duas perguntas a ele, e as respostas são bastante esclarecedoras. Vamos lá.
BALA NA CESTA: A distância entre a "armação" da tabela e a linha de fundo influencia na lesão?
FÁBIO MARCELO: Quando eu vi a imagem, essa pouca distância entre a "armação" da tabela e a linha de fundo foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Ali perto da cesta os jogadores estão sempre saltando, se deslocando no ar e perdendo o equilíbrio. A perna direita do Paul George toca diretamente na "armação", e isso pode ter gerado um trauma maior. Se ele cai com a perna no chão, podia, sim, não ter fraturado. E, mesmo se fraturasse, dificilmente seria com a mesma gravidade. Ali, o jogador sofreu o que a gente chama de um trauma direto no local. E justamente com a parte da tíbia que não tem proteção muscular. Uma sugestão é se pensar num novo posicionamento pra esse suporte, um pouco mais afastado da linha de fundo.
BALA NA CESTA: Qual o tempo estimado de recuperação?
FÁBIO MARCELO: Se a gente considerar que o procedimento cirúrgico dele foi através da colocação de uma haste pelo joelho, como é sempre sugerido no caso de atletas profissionais (como ocorreu com o lutador Anderson Silva, por exemplo), esse tempo de recuperação é estimado de 4 a 6 meses. O paciente pode até colocar o pé no chão mais precocemente do que quando a cirurgia é feita com colocação de placas e parafusos. Durante este tempo de recuperação, o atleta já pode fortalecer tornozelo e joelho enquanto faz fisioterapia, e a medida que os exames de imagem realizados mês a mês forem confirmando a consolidação da lesão ele já fica liberado para fazer trabalhos com baixo impacto na região afetada.
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