Embalado, Grizzlies miram playoff na NBA
A temporada começou enrolada para o Memphis. Apertando os cintos para não estourar ainda mais a folha salarial (de US$ 71mi), os Grizzlies não se reforçaram muito (buscaram, de relevante, apenas Mike Miller, demitido do Miami depois do bicampeonato) e confiavam que a base da temporada passada lhes fosse suficiente para reeditar a ótima campanha da temporada passada, quando foi às finais do Oeste.
O problema foi que o número de lesões foi absurdo, altíssimo. Os dois responsáveis pela defesa do time tiveram problemas físicos. Chave-mestra do garrafão, Marc Gasol (foto à direita) tombou, quase arrebentou o joelho e perdeu 23 dos 42 jogos do time. Tony Allen, a do perímetro, se ausentou em 15. Se somarmos Zach Randolph (fora em 2), Tayshuan Prince (em 3) e Mike Conley (em 2) vemos o tamanho do drama da turma de Memphis em novembro e dezembro (os únicos que atuaram em todas as pelejas do campeonato são Kosta Koufos e Mike Miller).
Por isso o hesitante começo do time, que chegou a ter 10-15 no meio de dezembro. Ninguém sabia, porém, como o time reagiria quando todas as peças estivessem de volta, estivessem bem. A resposta é vista em quadra: completo, o Memphis é um timaço de basquete. Em janeiro, já com Courtney Lee no elenco (média de 15,6 pontos desde que chegou), o time venceu 9 dos 12 jogos que fez (sete triunfos nos últimos oito), já tem 22-20 e está na nona colocação do Oeste repetindo a velha e conhecida fórmula que conhecemos.
No ataque, as ações ficam Mike Conley, cada vez mais um armador de elite da NBA. Dono de 18 pontos (1/3 deles vem através de infiltrações) e 14,8 arremessos/jogo, maiores médias de sua carreira, ele dá 67,2 passes/partida e fica 7,4 minutos com a bola em suas mãos (segunda maior minutagem da liga). Conley sabe a quem servir, e destina grande parte de seus passes a Zach Randolph (o gordito, de técnica refinada, tem 17 pontos e 10,7 rebotes por partida).
A grandeza do time, porém, não está no setor ofensivo (o time faz 95,7 pontos/jogo, quinto pior índice). É no outro extremo que o Memphis torna-se um grande, perigoso mesmo. O time leva, na temporada, 96 pontos/jogo (terceira melhor da liga), faz com que os adversários desperdicem 14 posses de bola por noite. Em janeiro deste ano, 10% a menos de pontos sofridos, 13% a mais de erros dos rivais e aquela pressão conhecida desde a temporada passada (quem está com a bola nas mãos têm dificuldade imensa para agir – seja passando, driblando ou arremessando).
Com o espanhol Marc Gasol em quadra, as coisas mudam ainda mais – e para o melhor do Memphis. Marcando, o pivô permite apenas que a metade dos 3,3 arremessos de seus oponentes tenham endereço certo (ótima marca!) e faz com que os armadores/alas não tenham muito espaço para infiltrações e/ou cortes para pertinho do aro. O espaço, como se vê, fica muito pequeno com Marc, de 2,16m, em quadra.
É assim que o Memphis vai tentar uma vaga no playoff do Oeste. O time segue com problemas para converter bolas de fora (35% de conversão, índice baixo para quem tem um especialista como Mike Miller e um armador rompedor que proporciona bons chutes para seus alas), mas a defesa pode fazer com que o time vá longe.
É bom ficar de olho nos Grizzlies.
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