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Bala na Cesta

Pistons contam com Billups e Josh Smith para voltar ao playoff após 4 anos

Fábio Balassiano

27/10/2013 13h19

Um dos times que mais se mexeram nas férias da NBA foi o Detroit Pistons. Trocou o técnico Lawrence Frank por Maurice Cheeks, trouxe de volta o ídolo Chauncey Billups (foto à direita) para encerrar a sua carreira onde foi campeão em 2004, trocou por Brandon Jennings, pagou uma fortuna para contratar Josh Smith (foto à esquerda) e conseguiu, no Draft, o ala Kentavious Caldwell-Pope e o armador Peyton Siva. Isso tudo mantendo os pivôs Andre Drummond e Greg Monroe, além do ala Kyle Singler, que foram muito bem na temporada passada.

E é com este elenco todo remodelado que o Detroit, de quem escrevi há um tempo aqui, busca voltar aos playoffs depois de quatro temporadas não muito bacanas (naquela temporada 2008-2009 pouca gente lembra, mas Allen Iverson estava por lá). Como já disse, os Pistons estão no começo de um processo bem longo, mas que parece estar começando muito bem. A folha salarial ficou em US$ 62 milhões, um pouco acima do teto de US$ 58mi da NBA, mas certamente ficará aliviada para o próximo ano sem os alucinantes US$ 16 milhões somados de Charlie Villanueva e Rodney Stuckey (o time só precisará abrir a carteira mesmo para manter Greg Monroe, cujo contrato termina no final do campeonato).

Nos amistosos (quatro vitórias e derrotas), Maurice Cheeks optou por uma formação alta, com Drummond e Monroe como pivôs, e Josh Smith como ala (e não como ala-pivô móvel, como atuava no Atlanta Hawks). Os três foram responsáveis por 23 dos 39 rebotes do time na pré-temporada, parece que se entrosaram bem e mostraram que os Pistons podem ter grandes vantagens com um trio tão atlético e forte assim perto da cesta. O problema, na verdade, está nas duas posições do perímetro. Nas duas, não. Em uma delas para ser mais exato.

Na armação o time parece bem resolvido com Brandon Jennings e Chauncey Billups, mas a posição dois ainda inspira cuidados. Singler é ótimo, pensa bem o jogo, tem leitura tática excelente, mas está longe de ser o matador de bola que um time que almeja playoff precisa (e na verdade é um 3, um pouco mais alto e pesado). Como ainda não tem muita confiança para lançar o calouro Kentavious Caldwell-Pope às feras em um time que almeja voltar ao mata-mata, Cheeks pode tentar jogar com dois armadores (Jennings + Billups ou Siva) ao invés de um armador e um ala (em alguns jogos da pré-temporada ele já fez isso). O time perde em altura, em potencial defensivo com esta opção tática, mas ganha em talento, em passe e principalmente em percentual de arremessos de fora.

É com este bom elenco que o Detroit Pistons chega para a temporada que começa na terça-feira (para eles, na verdade, começa na quarta-feira em casa contra o Washington, comentado aqui mais cedo). Pensar em algo que ir além da primeira rodada dos playoffs parece um sonho agora. Chegar aos playoffs, não. É algo palpável, é algo totalmente possível para um grupo que conta com um MVP das finais da NBA (Billups), uma boa dupla de pivôs e jovens com muito potencial.

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