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Bala na Cesta

Leve, Hortência volta ao basquete na LBF - expectativa é boa!

Fábio Balassiano

25/09/2013 15h25

Hortência comemorou 54 anos de vida na segunda-feira em São Paulo (nesta foto à esquerda, dos arquivos balassianos, ela tinha um pouco menos) e saiu com a seguinte informação para a imprensa que cobria as comemorações de seu aniversário. Ela tem interesse de ser presidente da Liga de Basquete Feminino no começo de 2014, quando termina o mandato de Marcio Cattaruzzi, atual mandatário do campeonato feminino (o UOL, através do repórter Guilherme Costa, deu esta informação em primeira mão).

Já atuando como Diretora Executiva da LBF, Hortência, que se encontrou semana passada com a diretora da FIBA Joanna Sutherland (dá pra ter noção do respeito da entidade máxima do basquete mundial para com a Rainha, não?), articula com o Ministério dos Esportes a criação de uma Liga de Desenvolvimento feminina (nos mesmos moldes do que há no masculino), o que por si só já é uma excelente notícia (Ricardo Leyser, Secretário de Alto Rendimento do ME, me havia confessado que o projeto já fora encaminhado mesmo).

Desde que saiu da Confederação, Hortência parece mais leve, mais entusiasmada e ao mesmo tempo menos presa para conseguir caminhar com projetos que pareciam travados na CBB. Na entrevista ao UOL ela disse uma frase bem sintomática: "Existem coisas que você não consegue fazer porque não tem a caneta na mão. Eu tinha um cargo executivo, remunerado, mas não tinha a caneta para assinar as decisões. Quando você não tem a caneta, precisa se submeter a decisões dos outros. Por isso, prefiro lugares em que você tenha a caneta. Eu tentei (fazer na CBB). Acho que esse é o mais importante. Fiz o que estava ao meu alcance".

Acho que realmente é bem por aí. Hortência tem uma personalidade forte, mas é absurdamente dedicada, focada e é uma das poucas que pensam 24 horas por dia no basquete feminino (algo que a modalidade precisa para não morrer). Foi uma das responsáveis pela obtenção do patrocínio da Bombril, está articulando junto ao Ministério a Liga de Desenvolvimento e outras novidades estão por vir.

Se ainda não é uma situação maravilhosa, a do basquete feminino, com ela encabeçando as negociações (um nome de peso, carismático e conhecido) a tendência é que a situação realmente melhore (os clubes e federações agora precisam surfar nesta onda e fazer a parte deles também). Que Hortência continue assim, entusiasmada e animadíssima em sua missão de recolocar o esporte das meninas nos trilhos.

Como ela mesma disse, agora a caneta está em suas mãos (seja como diretora executiva ou como presidente em 2014). Que ela mantenha a cabeça no lugar, traga novos patrocinadores, implemente ideias inovadoras e ajude a desenvolver o basquete. O cenário que se apresenta é bem bom pensando no futuro.

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