Brasil enfrenta França amanhã pra ficar entre os 4 melhores do Mundial Feminino Sub-19
Antes do Mundial Sub-19 Feminino conversei com a técnica Janeth Arcain por quase duas horas. Falamos sobre o sistema tático que ela usaria, atletas, treinamentos e no final perguntei sobre o objetivo do grupo (se é que havia). Ela não titubeou e disse: "Queremos ficar entre os quatro. Vamos lutar por isso".
Pois bem. Nesta sexta-feira, a partir das 7h30 (de Brasília e ainda sem saber se haverá exibição pela TV), a chance de ficar entre os quatro melhores times do mundo na categoria estará na quadra em Klaipeda (Lituânia), quando o Brasil mede forças com a França nas quartas-de-final (jogo único, mata-mata, ganhou segue, perdeu volta pra casa).
Não será fácil, mas (e não me perguntem o motivo) estou confiante no time de Janeth. Do lado das francesas, olho no trio formado por Valeriane Ayayi (a ala de 1,84m produz 11,5 pontos e seis rebotes por jogo), Olivia Epoupa (a alinha de 1,64m tem 11,5 pontos, 5,7 rebotes e 4,1 assistências) e Aby Gaye (gigante de 1,95m que tem 10,3 pontos, 60% nos tiros de quadra e 7 rebotes/jogo), que produz quase a metade dos 68 pontos franceses na competição até aqui (e as três fazem pontos sem muita ajuda, sem muitos passes – as europeias estão na antepenúltima colocação entre os de mais assistências no torneio, com 12,5 por partida).
Pra vencer (e isso tem me preocupado terrivelmente), o Brasil precisará é errar menos. O time de Janeth cuida mal pacas da bola, registra 21,2 desperdícios por partida (um a cada dois minutos, o quarto pior índice do Mundial Sub-19) e fica sem jogar a bola pra cesta em 23,2% de seus ataques, um absurdo sem tamanho. Pra vencer logo mais isso precisará ser revisto, principalmente contra o sexto time que mais rouba bolas na competição (as francesas têm média de 11 roubos por jogo até agora). Mais concentração e cuidado não farão mal, sem dúvida alguma.
Que os deuses do basquete estejam com Isabela Ramona, que faz Mundial magistral até o momento (17,7 pontos, 7,8 rebotes, 4 assistências e 49,4%), Sassá (a ala, na foto à direita, tem 11,3 pontos, 6,5 rebotes e incríveis 53,3% nos tiros de três pontos), Maria Carolina (a pivô de Americana, de 1,90m, terá um tem surpreendido e possui as médias de 10,7 pontos e 7 rebotes por jogo) e iluminem as meninas brasileiras amanhã de manhã. Se elas querem ficar entre as quatro melhores do planeta, a chance se apresentou contras as boas francesas.
Sorte pra elas.
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