Topo

Bala na Cesta

Em jogo emocionante e com tempos distintos, Flamengo derrota Paulistano e abre 1 a 0

Fábio Balassiano

30/04/2013 13h29

Por Bruno Mesquita, direto de São Paulo (SP)

Paulistano e Flamengo fizeram ontem, no Ginásio Antônio Prado Júnior, em São Paulo, um jogo de muitas alternativas, que contou com uma reação incrível do time paulista mas que acabou sendo vencido pelos cariocas por  100-91. O placar alto mostra a eficiência ofensiva das duas equipes e, também, como as defesas não conseguiram se impor (exceto a do Flamengo no primeiro tempo, inibindo seu oponente a 28 pontos).

Marquinhos (foto à direita) fez grande partida e foi o cestinha do jogo com 24 pontos, destacando-se não só pelos números, mas por aparecer sempre nas horas difíceis, decisivas. Kojo (18 pontos e 10 assistências), Duda (18), Benite (16) e Caio Torres (10) foram os outros destaques do rubro-negro. Pelo Paulistano, Elinho (22 pontos) e Toyloy (18 pontos e 12 rebotes) foram os principais responsáveis por uma das reações mais espetaculares do NBB até aqui, ainda que não tenha sido concretizada.

No primeiro tempo, o Flamengo foi absoluto na partida. Parecia que o período sem jogos devido a folga conquistada na primeira rodada dos playoffs fazia a diferença naquele momento, e o Paulistano, que vinha de uma série duríssima diante do Basquete Cearense, não tinha pernas pra aguentar o ritmo de seu jogo. No intervalo, o placar mostrava uma diferença monstruosa e que parecia irreversível, 52-28 a favor do rubro negro.

A partir do terceiro período, o jogo mudou completamente. O Paulistano voltou totalmente diferente, vibrando, lutando e jogando incrivelmente bem, algo inimaginável depois de um começo tão ruim. O Flamengo voltou disperso,  acomodado com a larga vantagem que obteve e sofreu muita pressão, tanto que em apenas 4 minutos a vantagem que era de 24 pontos caiu para 10 (e no fim do quarto caiu ainda mais, 75-68). Em dez minutos, o time de Gustavo de Conti fez mais pontos (35) dos que nos 20 anteriores (28), levando apenas 23.

No último período, o Paulistano manteve o ritmo e cortou a diferença para apenas 1 ponto, e naquela altura parecia que a virada iria realmente se concretizar. Mas não foi o que aconteceu. O Flamengo mostrou porque foi o melhor time da fase de classificação, e com muita frieza e maior poder de decisão manteve a dianteira no placar, controlou o jogo e sem sustos nos minutos finais venceu a partida por 100-91.

O ala-pivô Olivinha reconheceu que sua equipe bobeou em determinado momento da partida: "Sem dúvida nosso primeiro tempo foi excelente, conseguimos fazer uma grande defesa, diminuindo a pontuação do Paulistano e nosso ataque fluiu. Já no segundo, não voltamos com a mesma pegada e o adversário se aproveitou disso, principalmente no terceiro quarto, onde diminuíram bastante a diferença. Mas nossa equipe manteve a tranquilidade. Trabalhamos bem, e apesar dessa falta de concentração, nos mantivemos o jogo todo na frente e conseguimos uma grande vitória".

Pelo lado do Paulistano, Alex lamentou a derrota e explicou o que mudou em sua equipe de um tempo para o outro: "Eu enxergo atitude e vontade de marcar. No começo do jogo pecamos muito na defesa, estávamos dispersos no ataque e no segundo tempo mostramos que temos força dentro de casa, sabíamos que era possível superá-los e infelizmente não conseguimos, mas vamos ao Rio de Janeiro para buscar uma vitória".

Além da disputa em quadra, é importante falar das torcidas, que fizeram um show a parte e lotaram as dependências do Antônio Prado Júnior. Os flamenguistas como sempre compareceram em grande número, dividiram o ginásio com os donos da casa e apoiaram sua equipe para a vitória. Os torcedores do Paulistano também mostraram muito entusiasmo e foram a loucura com a reação de sua equipe. Tudo isso foi possível por conta de uma partida que foi realmente imprevisível e empolgante.

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.