Com a lesão de Russell Westbrook, o que será do Oklahoma no restante do playoff da NBA?
E então o jogador que nunca havia perdido um jogo da NBA se machuca. E se machuca de um jeito idiota, bobo. E no meio dos playoffs, gente! Patrick Beverley, armador imprudente do Houston Rockets, se meteu na frente de Russell Westbrook, que chocou seu joelho com o de Beverley e acabou tendo rompimento do menisco lateral do joelho direito. O resultado? De quatro a seis semanas parado e teoricamente afastado do restante dos playoffs da NBA.
Embora há casos, como o de Metta World Peace/Ron Artest, de atletas que voltem antes, a tendência é que Westbrook, que nunca (é bom repetir isso) havia ficado de fora das 396 partidas em que seu time, o Oklahoma City Thunder, disputou nas últimas cinco temporadas, fique mesmo afastado das quadras. Com isso, a pergunta que fica é: o que será do Thunder de agora em diante?
De cara, está óbvio que Scott Brooks, o técnico, terá que ajustar sua rotação. Contratar alguém agora é impossível, e o jeito será dar mais tempo de quadra a Reggie Jackson e Derek Fisher, armadores que faziam parte do grupo de armadores com Russell Westbrook. Outra opção seria colocar o reserva Kevin Martin (ala) em um time sem armador de ofício e testar Kevin Durant na função de "LeBron", ou seja, de armador-ala (point forward). É bem provável que Brooks use as duas em parte dos jogos, e é bem provável também que o jogo do time tenha que ser ajustado para convergir mais para Durant, agora a estrela solitária do time (Westbrook, até pelo seu jeito atabalhoado, dividia as responsabilidades nos tiros e nos momentos difíceis com o camisa 35). A marcação, porém, será ainda mais apertada em KD, e isso trará problemas a ele.
Em termos de resultado, não acredito que o Oklahoma deixe de ganhar a série do Houston, mas antevejo problemas com Memphis ou Clippers e principalmente com o San Antonio Spurs em uma eventual final do Oeste sem Westbrook (nem falo em uma final contra o Miami, porque seria visualizar cenários demais – e estamos longe de uma definição na conferência Oeste ainda).
Não consigo cravar que "ah, o OKC sem o Westbrook está eliminado, não longe, não" porque lá ainda está Kevin Durant e o cara joga uma barbaridade. Ao mesmo tempo, é óbvia a perda de força do Thunder: o cara que inicia todas as ações ofensivas (mesmo as mais estéreis, as que terminam em seu próprio arremesso…) não estará mais lá. E o cara tem mais de 20 pontos e sete assistências por noite, sendo um dínamo ofensivo que mistura força, desinibição, explosão e um pouco de loucura. Chegar a final de conferência? Possível. Passar do Spurs sem Westbrook? Sinceramente não sei se apostaria minhas fichas, não.
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