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Bala na Cesta

Chicago joga muita bola, vence Miami e acaba com série de 27 jogos sem perder do Heat

Fábio Balassiano

28/03/2013 00h34

O Chicago acaba de vencer o Miami Heat em casa por 101-97 para acabar com a série de 27 jogos sem perder do time da Flórida (o sonho de chegar ao recorde do Lakers, de 1971-1972, já era, portanto). Foi uma atuação de gala, de gala mesmo, da franquia de Illinois, que mereceu a vitória e levou os torcedores no United Center ao delírio.

O mérito é de Luol Deng (o melhor em quadra teve 28 pontos, ótima marcação a LeBron James, 7 rebotes e 5 assistências para sair esgotado), do esforçado e corajoso Kirk Hinrich (ótima defesa e condução de jogo), de Jimmy Butler (17 pontos e 5 assistências) e de Carlos Boozer (21 pontos e 17 rebotes), mas sobretudo de Tom Thibodeau (foto), o técnico da franquia e um dos melhores da NBA.

Só lembrando que o Chicago jogou hoje sem seu pivô titular (o All-Star Joakim Noah) e obviamente sem Derrick Rose, que segue lesionado. E mesmo assim Tom encontrou um jeito de desafiar o Miami (quem conhece o cara razoavelmente tem noção que ele jamais vai "dar" alguma coisa de graça e sua competitividade e fúria na beira de quadra são sensacionais, é bom dizer!). Começou a partida moendo na defesa, forçando erros (quatro em menos de três minutos) e viu seu time abrir vantagem de cara (32-22 pra fechar o primeiro período). A adrenalina do Miami diminuiu, o rendimento de LeBron James e Dwyane Wade cresceu, a virada do Heat veio no terceiro período, mas mesmo assim o Bulls não abriu a guarda.

Tom usou o que mencionei aqui mais cedo pra vencer: a defesa. Freou o jogo (o Miami teve 95 posses de bola, dez a menos que o usual na temporada), impediu rebotes ofensivos (cedeu apenas seis), forçou erros (13), marcou pesado (o jogo ficou lindo, físico pra cacete, como deve ser sempre uma partida de basquete a partir do terceiro período), não deixou LeBron passar (apenas três assistências – na temporada são 8,2/jogo – e quatro erros) e pontuou muito bem através destes desperdícios (20) e em contra-ataques (15).

Além disso, o Chicago fez um jogo perfeito de passes e de procura do espaço mais vazio para encontrar a cesta, cansando e minando a defesa adversária. Terminou com 27 assistências nos 40 chutes convertidos (68%) e teve sangue frio para decidir no final, mostrando que, sim, o time brigará até o final com ou sem Rose (imaginem um confronto entre Bulls e Heat na pós-temporada com o armador de volta como seria sensacional, gente!)

Ao Miami, que acabou não conseguindo bater o recorde do Lakers e nem o famoso "mês perfeito" (apesar de ter conseguido 27 vitórias em 54 dias não fechou um mês completo, fevereiro ou março, sem perder), é hora de focar nos playoffs, se concentrar no que realmente vale (na conquista do bicampeonato, óbvio). Hora de segurar os minutos das estrelas, corrigir os erros que há e pronto. Derrotas acontecem até mesmo com os grandes times como é o Heat. A se lamentar, apenas, o fato de os atletas terem descido sem cumprimentar os jogadores do Chicago depois da peleja (atitude feia demais).

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