Em casa, Chicago Bulls aposta na defesa para impedir 28ª vitória seguida do Miami na NBA
Será um grandíssimo jogo de basquete logo mais no United Center, em Chicago (21h, com transmissão da ESPN). Os Bulls (38-31) jogam em casa para ainda tentar ficar com o mando de quadra no Leste mas é muita ingenuidade pensar que a partida contra o Miami Heat (56-14) é apenas "mais um jogo da temporada regular da NBA", como os jogadores do Chicago querem tentar passar. Não é.
O Miami vem de 27 vitórias seguidas, estão a seis jogos de empatar com o Los Angeles Lakers de 71-72 como a equipe que conseguiu a maior série da NBA e todo mundo que jogar contra os caras entrará em quadra com isso na cabeça ("pô, irado ganhar e acabar com essa brincadeira do LeBron"). A questão que fica é: será que o Chicago, ainda sem Derrick Rose, tem bola para bater o Miami outra vez neste campeonato (até agora uma vitória para cada na casa do rival, aliás)?
Quem conhece um pouco de Tom Thibodeau, técnico do Chicago e certamente um dos cinco melhores da NBA certamente dirá que sim, os Bulls (pensem só no que este cidadão da foto tem conseguido fazer sem Derrick Rose e com Nate Robinson armando o jogo e com Carlos Boozer no garrafão e me digam se chegar a 40, 45 vitórias não é espetacular). É óbvio que ele fará ajustes para tentar conter LeBron James, Dwyane Wade (o camisa 3 jogará logo mais), Chris Bosh e companhia, e uma possível vitória contra o melhor time da liga passa justamente pelos ajustes defensivos que ele fará.
Alguns números para apimentar a discussão sobre a peleja de logo mais (puxarei só sobre o ataque do Miami x a defesa do Chicago):
1) Os Bulls têm a terceira defesa menos vazada da NBA com 92,3. O ataque do Miami, por sua vez, faz 103,5 por noite (24% dos pontos do time, aliás, vêm de chutes de três pontos).
2) O Chicago permite que seus rivais façam 43,9% dos arremessos por noite. O ataque do Heat converte 49,6% de seus arremessos.
3) O Miami queima 39% de seus ataques antes dos 10s de posse de bola com 51,9% de acerto nos arremessos e 65% de chutes vindo de assistências. O Chicago, por sua vez, é o time que menos permite assistências na liga (18,6).
4) O Miami, essa máquina de jogar basquete, é o time que MENOS arremessos por noite tenta na NBA (78,2), mas tem aproveitamentos sensacionais em dois pontos (53,5% de dois pontos e 39,2% de fora), prova da altíssima qualidade do elenco e do entendimento que o time tem de jogo.
5) Ainda sobre o ataque do Miami. O time é o melhor em pontos por posse de bola (1,01), em jogadas de isolamento (11,5% dos ataques vêm assim, com 41,7% de aproveitamento), em arremessos desmarcados (25% dos ataques são concluídos com chutes soltos, prova que a bola roda muito bem – com 43,2%) e em jogadas de transição (13% dos ataques são assim, com 1,23 pontos por posse e 63% nos arremessos).
5.1) Shane Battier (atenção) tem 72,9% de seus ataques em chutes desmarcados – ou seja, o cara aproveita todas as dobras de marcação em LeBron James para se posicionar para arremessar (tem 45% nos três pontos neste tipo de situação). Ray Allen, por sua vez, contabiliza 34% de suas jogadas ofensivas assim, com 49,4% nos tiros longos.
6) A defesa do Bulls, por sua vez, é a terceira melhor da liga (0,85 pontos por posse de bola do rival – a marcação arrebenta mesmo!), a que tem a melhor relação assistências por arremesso convertido do adversário (0.526) e o quinto em menos pontos no garrafão (38,9 – isso com Carlos Boozer por lá, é bom dizer).
Será que o Chicago consegue impedir a 28ª vitória consecutiva do Miami na temporada? Comente!
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