Topo

Bala na Cesta

'Quando jogava, havia cobrança. Hoje, não. Dá-se muito e cobra-se pouco', diz Paula

Fábio Balassiano

03/11/2012 01h38

"Sinto que falta atribui maior responsabilidade às jogadoras do basquete feminino brasileiro. Se o time vai mal em uma competição, já trocam o técnico. Dá pra ver também que algumas delas ficam postando no Facebook logo após tomarem pau no jogo. Quando a gente jogava, havia uma cobrança. Hoje, não existe mais isso. Dá-se muito, cobra-se pouco", sobre a falta de responsabilidade das atletas.

"As jogadoras ganham bem na seleção. Nós, quando fomos campeãs do mundo, ganhamos só uma caneta Montblanc. Elas sabem que não têm quem entre no lugar delas. Não tem ninguém para apertar o calo. Enquanto isso não mudar, vai continuar em nono lugar", sobre as diferenças do tempo em que jogava e hoje.

"Tem que ser alguém como ela, que dê porrada, que bata de frente. Se for alguém bonzinho, não vai funcionar", sobre Maria Helena Cardoso, cujo perfil para comandar a seleção feminina agrada.

"O vôlei está à frente por causa da gestão. A CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) enxerga o esporte como indústira, como empresa, como algo rentável, colocando os melhroes profissionais à frente de tudo que faz. Esse é o grande diferencial: tratar a modalidade como produto. Se for valorizado, o esporte vai ter retorno, exposição de mídia e atrair investimento", sobre gestão esportiva.

"Quatro anos é pouco tempo (para se preparar para as Olimpíadas de 2016). Acho que estão sonhando alto, e têm mais é que fazer isso para tentar buscar essa projeção. Mas que o processo está atrasado, está. Vamos mais uma vez com o imediatismo", sobre o trabalho do Comitê Olímpico Brasileiro.

As declarações, retiradas do portal IG (aqui e aqui), são da sempre ponderadas e crítica Magic Paula, que participou, ao lado do companheiro Giancarlo, vizinho aqui no UOL (eles estão na foto), de um bate-papo promovido pelo blog Fãs de Esporte (aqui) na Livraria Saraiva de São Paulo nesta quarta-feira.

Não surpreende que nesta draga em que o basquete brasileiro esteja atualmente Paula não esteja trabalhando na Confederação. O basquete brasileiro hoje não merece a genialidade dela – esta é a dura e cruel realidade.

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.