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Bala na Cesta

Oklahoma tenta hoje iniciar virada contra o Spurs - será que o time de Durant tem força pra isso?

Fábio Balassiano

31/05/2012 11h42

Parece que as finais da NBA estão encaminhadas, não? Com nova vitória do Miami ontem diante do Boston Celtics (115-111 apesar dos 44 pontos deste sensacional Rajon Rondo), Spurs e Heat estão a apenas duas vitórias de avançar à decisão da liga. Thunder e Celtics, portanto, precisam vencer quatro das próximas cinco para ainda disputarem o título.

E quem tem a chance de começar uma possível reviravolta hoje é o Oklahoma. Em casa, Kevin Durant e seus companheiros precisarão encontrar respostas (será que há?) para deter Tony Parker, o melhor jogo coletivo do planeta e umas nove ou dez armas que fazem do Spurs não apenas o único time invicto na pós-temporada, mas disparado o que faz o basquete se parecer com a essência do basquete com mais naturalidade.

Aqui, aliás, cabe um parêntesis. No último jogo, Scott Brooks, desesperado, pediu para seus atletas fazerem faltas propositais em Tiago Splitter, de modo a levar o brasileiro, cujo aproveitamento em lances-livres é de 37,8% nos playoffs (na temporada foi de 69,1%, e na Espanha, sua média era de 67%), para a linha fatal por 12 vezes (o famoso hack-a-Splitter). Houve muita grita na internet, muita gente reclamando. De verdade eu não acho ilegal (tanto que a regra não proíbe isso), mas de fato acho imoral, chato e com resultados pouco favoráveis (não tenho estatística disso, mas desde que começaram a fazer isso no Shaq, lá no começo do século, não me lembro de uma desvantagem ser revertida por causa dessa artimanha).

Tem mais uma coisinha: se tem alguém que não pode reclamar dessa "estratégia" é Gregg Popovich (e ele, de fato, não reclamou). Pop foi um dos que mais usou essa artimanha, chegando até a brincar com Shaq em relação a isso em um jogo de estréia de NBA (lembram?). De todo modo, e apenas para reiterar, acho uma atitude porca, chata, mas não condenável. Faltas fazem parte do jogo, afinal. Se fosse treinador, jamais usaria, mas não acho que quem usa é a soma dos adjetivos que li de Brooks na terça-feira. Insisto: não é ilegal, mas talvez seja imoral.

Ou seja: com ou sem hack-a-Splitter, nesta noite Kevin Durant terá que mostrar porque é um dos melhores jogadores da NBA. Se vencer a série parece muito, muito difícil, que o Oklahoma ao menos estenda o duelo e mostre maturidade ao não desistir.

Será que os Thunder vencem hoje?

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