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Bala na Cesta

Final do NBB4 em jogo único - é ou não uma boa para a Liga Nacional de Basquete

Fábio Balassiano

30/05/2012 00h36

Como você deve saber, a final do NBB será neste sábado entre São José e Brasília. Acontece às 10h, terá transmissão da TV Globo e será em jogo único. Assunto polêmico, não? Vamos ao que penso.

De cara, eu digo que sou contra, bem contra, e que se fosse dirigente jamais colocaria este assunto em pauta. Muita gente alega que a exposição em TV Aberta será sensacional (e será mesmo), mas não acho o suficiente, não. Entendo e respeito a posição da Liga, e até acho que o basquete, principalmente depois da classificação olímpica, deve mesmo correr alguns riscos para tentar ganhar popularidade. Mas não me venham falar em ganho financeiro, porque isso é balela. Nem São José e nem Brasília fecharam patrocinadores para a decisão, e os demais clubes não ganham nada com isso. Há ganho de imagem, de exposição. Financeiro, ainda não.

Não sei se este é o caminho, sinceramente (me parece mais atalho do que caminho, na verdade). Não curto, também, a ideia de que o lado técnico seja deixado tão de lado assim "apenas" para aparecer em TV aberta – por mais que, repito, eu saiba exatamente que milhões de pessoas estarão sendo impactadas com isso em um sábado pela manhã que pode, sim, vir a se tornar uma data para a modalidade em TV Aberta. De todo modo, é bom não esperarmos resultados incríveis, brilhantes, pois o Jogo das Estrelas não foi muito bem (como os sábados não têm ido bem para o esporte, diga-se) e a parte de promoção/comunicação/marketing da LNB/Clubes/Globo tem sido muito tímida a menos de cinco dias da grande decisão.

E se digo que sou contra é justamente por acreditar que a Liga tem um produto que pode, sim, se vender melhor do que com um singelo "final em jogo único garante TV Aberta". Gostaria que a LNB pensasse grande, pensasse maior, "empacotasse" seu produto com um "lacinho" mais bonito, e não simples, simplório como é hoje em dia.

Tanto LNB quanto os clubes precisam sair um pouco do lugar-comum (TV, TV e TV – amanhã entrará um texto sobre isso) e buscar novas formas de aparecer para criar diferentes receitas e de comunicação com seu público-alvo sem, necessariamente, se distanciar de sua maior aliada (a TV Globo) e daqueles que já acompanham a modalidade. Até porque, no final das contas, um produto que é mais reconhecido, "vendável", é melhor para a emissora também, né.

E você, o que acha? Gosta deste formato para a final do NBB? Comente na caixinha!

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